06.05.2024
Simpósio Brasil-Alemanha em Tübingen conecta pesquisadores em prol da sustentabilidade
***Deutsche Fassung unten *** Deutsch-brasilianisches Symposium in Tübingen verbindet Forschende im Dienste der Nachhaltigkeit
O termo sustentabilidade já faz parte da nossa rotina há um bom tempo. Atualmente, reflexões e discussões em torno dessa temática tornam se cada vez mais necessárias e fundamentais para um desenvolvimento sustentável humano, tecnológico e científico.
Nesse sentido, o Simpósio Brasil-Alemanha de Desenvolvimento Sustentável, que acontece a cada dois anos alternadamente no Brasil e na Alemanha, foi realizado em sua 11ª edição, na Universidade de Tübingen, na Alemanha, de 20 a 23 de março de 2024. O evento, que colocou em pauta as principais vertentes e atuais pesquisas que giram em torno do tema "Towards a Resilient and Safe Future”, teve como destaque o foco nas discussões sobre resiliência, valor agregado, segurança alimentar e acesso adequado à água.
O Centro Brasileiro e Latino-Americano de Baden-Württemberg foi responsável pela organização do evento, juntamente com a Universidade de Hohenheim e a Universidade de Leuphana (Lüneburg). Com cerca de 120 participantes, sendo mais da metade brasileiros (63), o evento cumpriu seu objetivo como importante plataforma para o intercâmbio inter- e transdisciplinar, reunindo pesquisadores dos dois países com experiências científicas diversificadas e de diferentes áreas.
A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a Capes (Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), parceiros de financiamento do simpósio, desempenharam um papel fundamental, fomentando a participação de quase 20 pesquisadores brasileiros, que tiveram a oportunidade de trocarem experiências e expertises, exporem suas pesquisas, além de se conectarem com outros pesquisadores. “Em poucas ocasiões, eu pude presenciar uma discussão multidisciplinar com protagonistas de diferentes universidades e países. O 11º Simpósio Brasil-Alemanha proporcionou uma experiência única, dando-me uma visão mais ampla de problemas atuais, onde soluções possíveis virão de uma discussão multidisciplinar, como por exemplo, segurança alimentar. O evento teve uma acolhida carinhosa, numa cidade charmosa e numa universidade pujante.”, complementouo professor Niels Olsen (University of São Paulo/Fapesp).
A cerimônia de abertura contou com a presença do professor Peter Grathwohl (Vice president for research and innovation of the University of Tübingen), do professor. Rui Oppermann (Director of International Relations of Capes - Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel), e do professor Marco Antônio Zago (President of Fapesp - São Paulo Research Foundation). O destaque das falas ficou em torno da longa parceria Brasil-Alemanha, em especial da Capes e Fapesp com a Universidade de Tübingen, proporcionando o avanço da ciência, pesquisa e fomento de importantes projetos e parcerias.
Dando sequência ao evento, os quatro principais tópicos em pauta foram: Resilience and Adaptation for Sustainable Agri-Food Systems (A), Strengthening Resilience by Drug Development and Innovative Medical Treatments (B), Green Innovation and Circular Economy for Life and Food (C), Human Resilience and Climate Justice (D). Nesse contexto e com este conteúdo, o evento possibilitou muita informação e troca de conhecimentos, em um ambiente interessante e agradável, por meio das palestras plenárias e das seções temáticas. Durante as rodadas de discussões, os participantes desfrutaram de uma atmosfera ativa e participativa, criando espaços para uma conectividade entre os temas.
Evelyn Araripe (Researcher, and Project Manager UFSCar/Leuphana), moderadora da mesa redonda principal “Towards a Resilient and Secure Future”, destacou a importância do evento: “o que eu realmente valorizo nesses encontros vai além da troca de conhecimento. É a oportunidade de me conectar com um grupo multidisciplinar de pessoas engajadas, prontas para enfrentar os desafios atuais relacionados ao clima e à sustentabilidade, propondo novos caminhos para construir o futuro por meio da ciência, da cultura, da tecnologia e das interações sociais.”
A sessão de pôsteres surpreendeu positivamente pela quantidade e qualidade das pesquisas, realizadas por jovens pesquisadores, principalmente por contar com projetos diversificados e interessantes. Além disso, a ocasião possibilitou que os participantes se conectassem em um ambiente de troca, engajamento e novas conexões. Lara Oberdá, Mestranda em Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB), que participou da sessão de pôsteres, expôs sua motivação no evento: “Foi uma rica experiência, pois pude conhecer outros trabalhos, me conectar com uma variada rede de pesquisadores e divulgar a importância do nosso Cerrado em diversas questões ambientais, inclusive na conservação da Amazônia, que é sempre tão debatida em eventos desse tipo”.
Na ocasião foi anunciada ainda a sede da próxima edição do simpósio. Em 2026 o evento acontecerá no Brasil, em Belém no Pará, e será sediado na Universidade Federal do Pará (UFPA).
Visite o site oficial do 11º Simpósio Brasil-Alemanha de Desenvolvimento Sustentável aqui!
Aprofundando nas temáticas do evento!
Keynotes das seções temáticas do evento concederam entrevista ao Centro Brasileiro e Latino-Americano e falaram sobre a importância dessas temáticas ganharem o palco das discussões:
Dr. Georgia Jordão (University of Brasília)
Keynote A: Resilience and Adaptation for Sustainable Agri-Food Systems
“Embora a alimentação adequada seja um direito humano reconhecido e declarado pelas Nações Unidas desde 1948 e que, nunca antes, a agricultura comercial tenha produzido tanta comida, o número de pessoas em situação de fome cresce em todo mundo. Pós pandemia da COVID-19, quando os índices de pobreza pioraram de forma generalizada, estima-se que 700 milhões de pessoas estejam em situação de fome (FAO, 2023). A este cenário sobrepõem-se às projeções de crescimento da população mundial e a necessidade de, a partir de 2050, alimentar cerca de 10 bilhões de pessoas, o que exige produzir 50% a mais de alimentos do que são produzidos atualmente (LECK et al., 2015). Considerando-se o contexto da intensificação de eventos climáticos extremos e seus prejuízos socioeconômicos e na redução da produtividade agropecuária (MISSELHORN et al., 2012), refletir sobre a transformação dos sistemas alimentares é imperativo para conter o aumento da desigualdade social e da pobreza multidimensional, a perda de biodiversidade e para promover a saúde humana.”
Prof. Dr. Ricardo Abramovay (University of São Paulo)
Keynote C: Green Innovation and Circular Economy for Life and Food
“O mundo contemporâneo vem desenvolvendo uma relação obsessiva com a inovação tecnológica transformando-a numa finalidade e não num instrumento. O Vale do Silício é a expressão emblemática desta obsessão que, com a revolução digital, transformou radicalmente a sociabilidade humana. Isso está fazendo de cada um de nós não os usuários de nossos dispositivos e sim a matéria-prima a partir da qual estes dispositivos se desenvolvem e determinam dimensões cada vez mais crucial de nossas vidas, a começar por nossa vida cívica e política. Colocar a vida e o alimento como finalidades da expansão tecnológica é uma forma (mesmo que tímida) de se insurgir contra este movimento que está chegando ao paroxismo com a inteligência artificial e sua aplicação na criação de vídeos que simulam uma realidade inexistente.”
Prof. Dr. Angela Oels (University of Augsburg)
Keynote D: Human Resilience and Climate Justice
“A solução da crise climática é uma questão de justiça climática. Embora muitos países do hemisfério sul ressaltem, com razão, as altas emissões históricas de gases de efeito estufa dos países industrializados, o hemisfério norte espera uma participação cada vez maior dos países mais ricos do hemisfério sul na proteção climática. O balanço global da Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de Dubai (COP28) mostrou que a meta de limitar o aquecimento global a bem menos de 2°C, de preferência 1,5°C, não é mais possível de ser alcançada com as metas e medidas climáticas atuais. São necessários mais esforços na proteção climática, bem como medidas para aumentar a resiliência climática em face dos impactos climáticos, mas também fundos para danos e perdas relacionados ao clima. Há uma grande divergência de opinião entre o hemisfério norte e o hemisfério sul sobre quem deve fazer qual contribuição. Por isso é tão importante que o Simpósio Brasil-Alemanha reúna cientistas do hemisfério sul e do hemisfério norte, ou seja, do Brasil e da Alemanha.”
**Deutsche Fassung ***
Deutsch-brasilianisches Symposium in Tübingen verknüpft Forscher im Dienste der Nachhaltigkeit
Der Begriff ‚Nachhaltigkeit´ gehört schon seit langem zu unserem Alltag. Heutzutage sind das Nachdenken und die Diskussionen über dieses Thema notwendiger und grundlegender denn je für eine nachhaltige menschliche, technologische und wissenschaftliche Entwicklung.
Vor diesem Hintergrund fand das Deutsch-Brasilianische Symposium zur nachhaltigen Entwicklung, das alle zwei Jahre abwechselnd in Brasilien und Deutschland stattfindet, vom 20. bis 23. März 2024 zum 11. Mal statt, diesmal an der Universität Tübingen, Deutschland. Im Mittelpunkt der Veranstaltung, bei der es um wesentliche Fragestellungen und die aktuelle Forschung rund um das Thema "Towards a Resilient and Safe Future" ging, standen Diskussionen über Resilienz, Wertschöpfung, Nahrungssicherheit und angemessenen Zugang zu Wasser.
Das Baden-Württembergische Brasilien- und Lateinamerika-Zentrum war zusammen mit der Universität Hohenheim und der Universität Leuphana (Lüneburg) für die Organisation der Veranstaltung verantwortlich. Mit rund 120 Teilnehmern, von denen mehr als die Hälfte Brasilianer waren (63), erfüllte die Veranstaltung ihr Ziel als wichtige Plattform für den inter- und transdisziplinären Austausch, die Forscher aus beiden Ländern mit unterschiedlichem wissenschaftlichem Hintergrund und aus verschiedenen Bereichen zusammenbrachte.
Die Wissenschaftsstiftung des Staates São Paulo (Fapesp) und die Bundesagentur für die Qualifizierung von Hochschulpersonal (Capes) beide Finanzierungspartner des Symposiums, spielten eine Schlüsselrolle bei der Förderung der Teilnahme von fast 20 brasilianischen Wissenschaftler:innen, die die Möglichkeit hatten, Erfahrungen und Know-how auszutauschen, ihre Forschung zu präsentieren und sich mit anderen Wissenschaftler:innen zu vernetzen. „Es gibt wenige Gelegenheiten, bei denen ich eine multidisziplinäre Diskussion mit Akteuren aus verschiedenen Universitäten und Ländern erleben konnte. Das 11. deutsch-brasilianische Symposium war eine einzigartige Erfahrung, die mir einen breiteren Blick auf aktuelle Probleme ermöglichte, deren mögliche Lösungen sich aus einer multidisziplinären Diskussion ergeben, wie zum Beispiel die Ernährungssicherheit. Die Teilnehmenden wurden herzlich von einer charmanten Stadt und einer lebendigen Universität aufgenommen ", fügte Prof. Dr. Niels Câmara (Universität São Paulo/Fapesp) hinzu.
Bei der Eröffnung sprachen Prof. Dr. Peter Grathwohl (Prorektor für Forschung und Innovation der Universität, Prof. Dr. Rui Oppermann (Direktor für Internationale Beziehungen, Capes) - und Prof. Dr. Marco Antônio Zago (Präsident der Fapesp). Im Mittelpunkt der Reden stand die langjährige Partnerschaft zwischen Brasilien und Deutschland, insbesondere zwischen Capes und Fapesp und der Universität Tübingen, die zu Fortschritten in Wissenschaft und Forschung sowie zur Förderung wichtiger Projekte und Partnerschaften geführt hat.
Vier Hauptthemen bestimmten den Verlauf der Tagung: Resilience and Adaptation for Sustainable Agri-Food Systems (A), Strengthening Resilience by Drug Development and Innovative Medical Treatments (B), Green Innovation and Circular Economy for Life and Food (C), Human Resilience and Climate Justice (D). In ihrem Kontext und mit dieser inhaltlichen Ausrichtung bot die Veranstaltung durch Plenar- und Sektionsvorträge viele Informationen und einen Wissensaustausch in eineanregenden und angenehmen Ambiente. Während der Diskussionsrunden genossen die Teilnehmer:innen eine aktive und partizipative Atmosphäre, die eine Verbindung zwischen den Themen ermöglichte.
Evelyn Araripe (Wissenschaftlerin und Projektmanagerin, UFSCar/Leuphana) hob als Moderatorin der zentralen Diskussionsrunde, Towards a Resilient and Secure Future” die Relevanz der Veranstaltung hervor: „Was ich an diesen internationalen Treffen wirklich schätze, geht über den Austausch von Expertenwissen hinaus. Es ist die Gelegenheit, mit einer multidisziplinären Gruppe engagierter Menschen zusammenzukommen, die bereit sind, die heutigen Klima- und Nachhaltigkeitsherausforderungen anzugehen und neue Wege vorzuschlagen, um die Zukunft durch Wissenschaft, Kultur, Technologie und soziale Interaktionen zu gestalten.“
Eine positive Überraschung in Bezug auf die Anzahl und die Qualität der Forschungsarbeiten bot die ‚Poster Session‘ in der Nachwuchswissenschaftler:innen vielfältige und interessante Projektepräsentierten. Darüber hinaus bot sich in diesem Rahmen den Teilnehmern:innen besonders die Möglichkeit, sich auszutauschen, sich einzubringen und neue Kontakte zu. Lara Oberdá, Master-Studierende im Studiengang ‚Sustainable Development‘ an der Universität Brasilia (UnB), und Teilnehmerin an der Poster Session, erklärte im Anschluss ihre Motivation: „Es war eine bereichernde Erfahrung, da ich andere Beiträge kennenlernen, mit einem vielfältigen Netzwerk von Forschern in Kontakt treten und auf die Bedeutung unseres Cerrado für verschiedene Umweltthemen aufmerksam machen konnte, sogar für der Erhaltung des amazonischen Regenwaldes, die bei Veranstaltungen dieser Art immer so heiß diskutiert wird.“
Während des Symposiums wurde auch der Veranstaltungsort für das nächste Symposium der Reihe bekannt gegeben. Im Jahr 2026 wird die Veranstaltung in Brasilien, in Belém, Pará, stattfinden wo sie von der Bundesuniversität Pará (UFPA) ausgerichtet werden wird.
Zur offiziellen Website des 11. Deutsch-brasilianischen Symposiums zur nachhaltigen Entwicklung!
Die Themen der Veranstaltung näher beleuchten!
Die Hauptreferent:innen der thematischen Sektionen gaben ein Interview. Sie erläuterten, wie wichtig es sei, die behandelten Themen in den Mittelpunkt der Diskussionen zu stellen:
Dr. Georgia Jordão (Universität Brasília)
Keynote A: Resilience and Adaptation for Sustainable Agri-Food Systems
"Obwohl ausreichende Ernährung ein von den Vereinten Nationen seit 1948 anerkanntes und erklärtes Menschenrecht ist und die kommerzielle Landwirtschaft noch nie so viele Nahrungsmittel produziert hat, wächst die Zahl der Menschen, die Hunger leiden, überall auf der Welt. Nach der COVID-19-Pandemie, als sich die Armutszahlen auf breiter Grundlage verschlechterten, sind schätzungsweise 700 Millionen Menschen von Hunger betroffen (FAO, 2023). Verschärft wird dieses Szenario durch das prognostizierte Wachstum der Weltbevölkerung und die Notwendigkeit, bis 2050 rund 10 Milliarden Menschen zu ernähren, was eine um 50 % höhere Nahrungsmittelproduktion als derzeit erfordert (LECK et al., 2015). Angesichts der Verschärfung extremer Klimaereignisse und ihrer sozioökonomischen Schäden sowie des Rückgangs der landwirtschaftlichen Produktivität (MISSELHORN et al., 2012) ist ein Nachdenken über die Umgestaltung der Lebensmittelsysteme unerlässlich, um die Zunahme sozialer Ungleichheit und multidimensionaler Armut sowie den Verlust der biologischen Vielfalt einzudämmen und die menschliche Gesundheit zu fördern.
Prof. Dr. Ricardo Abramovay (Universität São Paulo)
Keynote C: Green Innovation and Circular Economy for Life and Food
"Die heutige Welt hat eine obsessive Beziehung zur technologischen Innovation entwickelt, die sie eher zu einem Zweck als zu einem Instrument macht. Das Silicon Valley ist der sinnbildliche Ausdruck dieser Obsession, die mit der digitalen Revolution das menschliche Zusammenleben völlig verändert hat. Dadurch wird jeder von uns nicht mehr nur zum Benutzer seiner Geräte, sondern zum Rohstoff, aus dem diese Geräte entstehen und immer entscheidendere Dimensionen unseres Lebens bestimmen, angefangen bei unserem staatsbürgerlichen und politischen Leben. Das Leben und die Nahrung als Ziel der technologischen Expansion zu definieren, ist eine (wenn auch noch zaghafte) Form des Aufbegehrens gegen diese Bewegung, die mit der künstlichen Intelligenz und ihrer Anwendung bei der Erstellung von Videos, die eine nichtexistierende Realität simulieren, ihren Höhepunkt erreicht.
Prof. Dr. Angela Oels (Universität Augsburg)
Keynote D: Human Resilience and Climate Justice
„Die Lösung der Klimakrise ist eine Frage von Klimagerechtigkeit. Während viele Länder des globalen Südens zu Recht auf die hohen historischen Treibhausgas-Emissionen der Industrieländer zeigen, erwartet der globale Norden immer mehr Mitwirkung der reicheren Länder des globalen Südens beim Klimaschutz. Die globale Bestandsaufnahme auf der Klimakonferenz von Dubai (COP28) hat gezeigt, dass das Ziel, die globale Erwärmung auf deutlich unter 2°C, möglichst 1,5°C zu begrenzen, mit den derzeitigen Klimazielen und -maßnahmen nicht mehr erreichbar ist. Es braucht sowohl mehr Anstrengung beim Klimaschutz als auch Maßnahmen zur Erhöhung der Klimaresilienz im Angesicht der Klimafolgen, aber auch Gelder für erlittene klimabedingte Schäden und Verluste. Hier gehen die Vorstellungen zwischen dem globalen Norden und dem globalen Süden weit auseinander, wer welchen Beitrag zu leisten hat. Daher ist es so wichtig, dass auf dem German-Brazilian Symposium eine Begegnung auf Augenhöhe zwischen Wissenschaftler: innen aus dem globalen Süden und dem globalen Norden, also Brasilien und Deutschland stattfindet.“
Ana Calegari